Os países mais difíceis de serem visitados do mundo -Bagagem Legal

Butão, Coreia do Norte e Arábia Saudita são desafios para os viajantes.

Coreia do Norte - aversão aos jornalistas

Lugares blindadíssimos, quase impenetráveis. 
Digno de quem já rodou o mundo e quer um belo desafio, por exemplo, é a conquista de um visto pra Coreia do Norte.

Se, para um pedido de visto convencional, como para os EUA ou Canadá, a preocupação é provar renda e ter data marcada para voltar, no país mais fechado do mundo você deve, de todas as formas possíveis e imaginárias, provar que não é um jornalista. Nada de celulares, nada de binóculos, nada de câmeras, nada de dar um passo que não seja minuciosamente coordenado pelo guia de turismo estatal. Sim, leitor, seu guia será um norte-coreano devidamente indicado pela Organização Estatal de Turismo, e  ele, sob pena de trabalho forçado nos campos, tratará de só te levar às áreas permitidas, ou seja, aquelas onde o contato com locais será o mínimo possível.
Visitar a Coreia do Norte pode parecer tão pouco tentador quanto, por exemplo, o Butão. A diferença é que este último afasta mais pelo nome que por qualquer outra coisa. Os templos e monastérios encravados nas cordilheiras evidenciam a completa falta de transformação que o tempo provocou neste pequeno e mágico território. Cercado de espiritualidade e ainda chamado de “reino”, o Butão ignora indicadores convencionais de desenvolvimento, sobrevivendo ora da felicidade, ora da falta de conhecimento de sua população “trancada” em um mundo à parte. A abertura ao turismo é controladíssima, e só se pode entrar comprando um pacote completo, que inclui de guias a acomodações e traslados. Quem já foi, diz que a burocracia é totalmente compensada pela beleza do lugar.

Meca - difícil para viajantes independentes


Também na linha “impossível para viajantes independentes”, a Arábia Saudita vai na contra-mão de toda a Península Arábica. Enquanto Qatar, Emirados Árabes, Bahrein e outros países da região abrem suas portas para o turismo, os sauditas continuam sob um conservadorismo irredutível. Não muçulmanos são especialmente mal vistos mas, até mesmo os fieis mais fervorosos do Islã, tentando fazer sua peregrinação sagrada à Meca, por exemplo, têm pedidos de visto recusados frequentemente. A mão de ferro da ditadura, constantemente atribuída à religião, dá 100% de controle ao rei do maior e menos desvendado país da Península.

*Artigo publicado originalmente no Esvaziando a mochila, parceiro do Opinião e Notícia.

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